Nesta quarta-feira (10/4), a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados decidiu que Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) seguirá preso. Ele é suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.

Depois da votação na CCJ, o plenário da Câmara também votou e decidiu manter a prisão de Brazão. 

Brazão está preso há mais de duas semanas por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em 24 de março, foram presos Chiquinho Brazão, o irmão dele, Domingos Brazão, e o delegado Rivaldo Barbosa.

Na CCJ, a votação terminou em 39 votos favoráveis à manutenção da prisão e 25 contrários. Houve uma abstenção. A seguir, confira como votaram os deputados:

Não foi falta de vontade, foi falta de coragem.

Por volta das 16h30 desta quarta-feira (10), lideres do PL relatavam que, no começo do dia, havia uma ideia de o partido entrar com um pedido de cassação de Brazão para marcar posição — mas Bolsonaro entrou em campo e foi contra. Trabalhou pela soltura de Brazão, e líderes do partido seguiram a sugestão dele.

Mesmo assim, aliados de Valdemar Costa Neto ja faziam as contas de que a Câmara seguraria a prisão não por vontade, mas porque não aguentariam a pressão da opinião pública no dia seguinte.

Votos favoráveis à continuidade da prisão

Bacelar (PV-BA);

Flávio Nogueira (PT-PI);

Helder Salomão (PT-ES);

José Guimarães (PT-CE);

Luiz Couto (PT-PB);

Orlando Silva (PCdoB-SP);

Patrus Ananias (PT-MG);

Renildo Calheiros (PCdoB-PE);

Rubens Pereira Jr. (PT-MA);

Welter (PT-PR);

Kim Kataguiri (UNIÃO-SP);

Benes Leocádio (UNIÃO-RN);

Aguinaldo Ribeiro (PP-PB);

Covatti Filho (PP-RS);

Fausto Pinato (PP-SP);

João Leão (PP-BA);

Neto Carletto (PP-BA);

Toninho Wandscheer (PP-PR);

Dra. Alessandra H. (MDB-PA);

Rafael Brito (MDB-AL);

Cobalchini (MDB-SC);

Juarez Costa (MDB-MT);

Renilce Nicodemos (MDB-PA);

Castro Neto (PSD-PI);

Cezinha Madureira (PSD-SP);

Darci de Matos (PSD-SC);

Delegada Katarina (PSD-SE);

Diego Coronel (PSD-BA);

Def. Stélio Dener (REPUBLICANOS-RR);

Ricardo Ayres (REPUBLICANOS-TO);

Alex Manente (CIDADANIA-SP);

Afonso Motta (PDT-RS);

Márcio Honaiser (PDT-MA);

Gilson Daniel (PODE-ES);

Duarte Jr. (PSB-MA);

Pedro Campos (PSB-PE);

Waldemar Oliveira (AVANTE-PE);

Maria Arraes (SOLIDARIEDADE-PE).

 

Votos contrários à manutenção da prisão

Bia Kicis (PL-DF);

Delegado Bilynskyj (PL-SP);

Cap. Alberto Neto (PL-AM);

Carlos Jordy (PL-RJ);

Chris Tonietto (PL-RJ);

Domingos Sávio (PL-MG);

José Medeiros (PL-MT);

Del. Éder Mauro (PL-PA);

Dr. Jaziel (PL-CE);

Delegado Ramagem (PL-RJ);

Julia Zanatta (PL-SC);

Marcos Pollon (PL-MS);

Pr.Marco Feliciano (PL-SP);

Dani Cunha (UNIÃO-RJ);

Rafael Simoes (UNIÃO-MG);

Danilo Forte (UNIÃO-CE);

Fernanda Pessôa (UNIÃO-CE);

Delegado Marcelo (UNIÃO-MG);

Nicoletti (UNIÃO-RR);

Lafayette Andrada (REPUBLICANOS-MG);

Marcelo Crivella (REPUBLICANOS-RJ);

Roberto Duarte (REPUBLICANOS-AC);

Mauricio Marcon (PODE-RS);

Felipe Saliba (PRD-MG);

Pedro A ihara (PRD-MG);

Abstenção

João Leão (PP-BA). 

 

A Câmara dos Deputados decidiu  manter a prisão preventiva do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) em 2018.

Ao todo, foram:

277 votos "sim";

129 votos "não";

28 abstenções.

Eram necessários, no mínimo, 257 votos (maioria absoluta dos deputados) para seguir a recomendação do parecer, aprovado mais cedo pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que recomendou manter preso o parlamentar.

Chiquinho foi preso preventivamente no último dia 24 de março. O irmão dele, o conselheiro Domingos Brazão, do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), também foi detido.